A China vai mostrar modelo em tamanho real da sua nova estação espacial

A China irá expor um modelo em tamanho real do módulo central da estação espacial chinesa, em preparação desde 2011 para mostrar ao mundo os avanços do Programa Espacial Chinês.

Depois de impedidos, em 2011, pelos Estados Unidos de participar em missões na Estação Espacial Internacional por questões de segurança nacional, a China decidiu criar uma estação espacial própria. Agora, um modelo de tamanho real será exibido.

Na próxima semana, durante a maior feira de aviação aeroespacial da China, a construção e o design do modulo principal Tianhe-1 poderá ser visto por todos os participantes da feira chinesa. Os ingressos para a feira que se inicia dia 6 de Novembro custaram 500 yuans – cerca de 63 euros.

O módulo chinês foi concluído em 2017 pela China Aerospace Science and Technology e construído pela China Academy of Space Technology.

Sem muitos dados sobre este novo módulo mantido em alto sigilo pelo governo chinês, a exibição pública agendada para a próxima semana na cidade de Zhuhai, poderá trazer grandes novidades para o sector.

Até ao momento sabe-se que o módulo tem pouco menos de 17 metros de comprimento e consiste em 3 secções – um compartimento de recursos com um diâmetro de 4,2 metros, um espaço de vida e compartimento de controlo, e um hub de encaixe onde se conectarão os outros módulos, naves e embarcações de carga.

O módulo terá capacidade para 6 pessoas e pesa cerca de 22 toneladas, um terço do peso total da estação espacial chinesa que, por sua vez, é seis vezes mais leve que a Estação Espacial Internacional.

É esperado que a China coloque o Tianhe-1 em órbita em 2020 e que inicie as operações com astronautas em 2022. Para além deste projecto, a China tem também planos para pousar uma sonda em Marte e para enviar uma nave para o lado obscuro da Lua.

ZAP //

Por ZAP
27 Outubro, 2018

Cientistas confirmam câmara secreta na Pirâmide da Lua

CIÊNCIA

haRee / Flickr
Complexo arqueológico de Teotihuacán que testemunha o esplendor da civilização Asteca.

Uma equipa de arqueólogos confirmou a existência de uma câmara e de um túnel secreto em baixo da Pirâmide da Lua, localizada no complexo arqueológico de Teotihuacán, a 50 quilómetros da Cidade do México.   

A descoberta, anunciada nesta quarta-feira pelo Instituto Mexicano de Antropologia e História (INAH), sugere que o espaço terá sido usado para rituais. De acordo com os cientistas, a câmara subterrânea está localizada a oito metros abaixo da pirâmide e tem 15 metros de diâmetro, sendo ainda ligada a um túnel que termina no sul da Praça da Lua.

Segundo a directora do projecto de conservação da Praça da Lua, Verónica Ortega, a equipa que localizou a câmara está agora a investigar se o espaço ritual estaria ligado ao “submundo”, dando sacramentalidade à antiga cidade.

“Estes grandes complexos de oferendas constituem o núcleo sagrado de Teotihuacan”.

Ortega explicou que o material que será encontrado nesta câmara poderá a ajudar a desvendar as relações desta antiga metrópole com outras da Mesoamérica – região cultural que se estendeu desde de o centro do México até a Costa Rica.

Além do túnel na Praça da Lua, os arqueólogos acreditam que haja uma outra entrada para a câmara localizada no lado leste. Esta descoberta confirmaria que a civilização de Teotihuacan reproduziu os mesmos padrões de túneis nos seus grandes monumentos.

Estudos e investigações anteriores já davam conta da existência desta câmara contudo, a sua confirmação só foi possível depois desta pesquisa que foi levada a cabo pelo INAH em colaboração com o Instituto de Geofísica da Universidade Nacional Autónoma do México.

A civilização de Teotihuacan surgiu mil anos antes dos astecas e viveu entre 100 a.C. e 650 d.C. Esta cidade é considerada a sede da civilização clássica no Vale do México. Na primeira metade do milénio d.C., chegou a ter 160 mil habitantes, tornando-a maior metrópole da América pré-hispânica.

Os costumes e tradições da cidade, que contavam, por exemplo, já com sistemas de canalização de água, influenciaram outros povos da região, como os maias, que habitavam montanhas situadas a mil quilómetros de Teotihuacan.

ZAP // Deutsche Welle

Por ZAP
27 Outubro, 2018

Marte pode ter oxigénio suficiente para suportar vida

ESA / DLR / FU BERLIN
O Polo Sul de Marte

Afinal, Marte pode não ser assim tão inóspito como pensávamos. Depois de ter sido confirmado que o Planeta Vermelho “esconde” um vasto lago de água salgada, um novo estudo aponta agora que o planeta pode ter oxigénio molecular suficiente para suportar formas simples de vida.

Para a investigação, liderada Vlada Stamenković, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, os cientistas modelaram a composição da água de Marte – que se acredita existir sob uma camada de gelo no Polo Sul marciano, tal como anunciado em Julho passado.

A investigação, publicada nesta segunda-feira na Nature Geoscience, sugere que os depósitos de salmoura depositados abaixo da superfície de Marte, especialmente perto dos pólos, podem conter oxigénio molecular – elemento crucial para a vida na Terra.

“Descobrimos que, no Marte moderno, a solubilidade do oxigénio em vários fluídos pode exceder o nível necessário para a respiração aeróbica”, pode ler-se no artigo.

Os resultados agora apresentados podem também explicar uma característica incomum registada em Marte pelo rover Curiosity: rochas ricas em manganésio. Este elemento teria exigido muito oxigénio para se formar e, até agora, os cientistas suspeitavam que se tivesse formado no Marte primitivo.

No entanto, este estudo oferece uma justificação mais recente: “[A descoberta] muda completamente a nossa compreensão sobre o potencial da vida no Marte actual”, disse Stamenković em declarações à National Geographic

A descoberta alimenta a esperança de vida em Marte, tornando ainda mais provável que o planeta possa suportar vida microbiana ou até mesmo animais simples, como esponjas.

Marte já foi semelhante à Terra

4 mil milhões de anos, Marte era bastante semelhante à Terra e, por isso, reunia as condições necessárias para alojar vida. Na época, o Planeta Vermelho tinha uma atmosfera espessa e água fluída à superfície bem como, um campo magnético global e vulcanismo.

No entanto, actualmente o cenário é bastante diferente, sendo a superfície seca e fria: 5 a 10 graus Celsius durante o dia e -100 a -120 graus Celsius durante a noite.

Além disso, a pressão atmosférica é menos de 1% da da Terra – ou seja, qualquer fluxo de água evaporaria rapidamente. O vulcanismo está também morto e há apenas registo de campos magnéticos de pequena escala.

Por tudo isto, a vida em Marte tem sido considerada altamente improvável. Em Junho deste ano, a nave espacial Mars Express detectou um vasto lago de água líquida sob a superfície do pólo sul de Marte. Os cientistas acreditam que o sal poderá ajudar a água a manter-se no estado líquido, sobrevivendo assim às temperaturas abaixo de zero.

Só futuras missões – como a sonda InSight da NASA e a Mars 2020 – nos poderão contar com mais detalhe como Marte foi ou ainda é habitável.

ZAP // ScienceAlert / IFLScience

Por ZAP
27 Outubro, 2018

Cientistas contaram quantos neutrinos tem o Sol (e são mais do que pensávamos)

NASA

Pela primeira vez, uma equipa internacional de cientistas conseguiu calcular o número de neutrinos distintos que surgem das entranhas do sol durante as reacções de fusão que ocorrem à sua superfície – e são bem mais do que pensávamos.

Os resultados da investigação, realizada no âmbito do projecto italiano Borexino, foram publicados nesta quarta-feira na revista Nature.

“Os neutrinos que nascem das diferentes reacções que ocorrem no Sol possuem diferentes cargas de energia”, começou por explicar Aleksandr Chepurnov, professor do Instituto de Investigações Científicas da Universidade Estatal de Moscovo.

“Como consequência, o seu estudo permite-nos procurar os seus efeitos para lá do modelo padrão da Física de Partículas, como, por exemplo, as interacções menos padronizadas entre neutrinos e neutrinos estéreis”, prosseguiu.

Os neutrinos são as partículas elementares mais pequenas na superfície solar, que comunicam com a matéria que as rodeia graças à gravidade e às conhecidas “interacções fracas” – presentes apenas entre distâncias bastantes mais pequenas que o tamanho do núcleo de um átomo.

Em 1960, os cientistas descobriram que neutrinos de um determinado tipo eram capazes de se transformar em outro tipo e, não possuíam massa nula, esta era apenas muito pequena. Desde então, e com base nesta descoberta, a comunidade científica tem estudado cuidadosamente estas partículas minúsculas, tentando calcular a sua massa com base nos diferentes tipos de neutrinos que são convertidos noutros.

Lançado em 2007, o projecto Borexino foi projectado exactamente para responder a esta questão, bem como a outros enigmas relacionado com os neutrinos.

Quantos tipos de neutrinos há no Sol?

Tal como explica Chepurnov, dependendo do tipo de reacção de fusão que ocorre no subsolo solar, cria-se um ou outro tipo de neutrino. Se soubermos em que proporção e número estão estas partículas, é possível determinar o que está a acontecer dentro da estrela – e, além disso, é também possível verificar se o que acontece corresponde ao que é descrito nas teorias já conhecidas e no próprio modelo padrão.

Visando atingir este objectivo, nos últimos 10 anos a equipa tem desenvolvido um “censo” sobres estas partículas, tendo por base a quantidade de neutrinos de carga diferente que são gerados pelo Sol e identificados pelo detector Borexino.

Cada centímetro quadrado do Sol produz cerca de 6 mil milhões de neutrinos por segundo. Outros 5 mil milhões são gerados a partir da desintegração do mineral berílio. Por sua vez, o nascimento de elementos pesados gera aproximadamente mais 800 milhões destas partículas. Os cientistas do projecto consideram uma margem de erro de 10%.

De acordo com Chepurnov, as três estimativas realizada são mais precisas do que as previsões do modelo padrão da Física de partículas.

No futuro, os cientistas pretendem medir o número exacto de neutrinos que surgem na formação de núcleos de carbono, nitrogénio e oxigénio. Os resultados serão essenciais para avaliar a quantidade de metais — de elementos mais pesados do que o hidrogénio e o hélio — existem sob a crosta solar e, finalmente, explorar os mistérios do ciclo de vida das maiores estrelas do Universo.

ZAP // SputnikNews

Por SN
27 Outubro, 2018

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