Cientistas confirmam câmara secreta na Pirâmide da Lua

CIÊNCIA

haRee / Flickr
Complexo arqueológico de Teotihuacán que testemunha o esplendor da civilização Asteca.

Uma equipa de arqueólogos confirmou a existência de uma câmara e de um túnel secreto em baixo da Pirâmide da Lua, localizada no complexo arqueológico de Teotihuacán, a 50 quilómetros da Cidade do México.   

A descoberta, anunciada nesta quarta-feira pelo Instituto Mexicano de Antropologia e História (INAH), sugere que o espaço terá sido usado para rituais. De acordo com os cientistas, a câmara subterrânea está localizada a oito metros abaixo da pirâmide e tem 15 metros de diâmetro, sendo ainda ligada a um túnel que termina no sul da Praça da Lua.

Segundo a directora do projecto de conservação da Praça da Lua, Verónica Ortega, a equipa que localizou a câmara está agora a investigar se o espaço ritual estaria ligado ao “submundo”, dando sacramentalidade à antiga cidade.

“Estes grandes complexos de oferendas constituem o núcleo sagrado de Teotihuacan”.

Ortega explicou que o material que será encontrado nesta câmara poderá a ajudar a desvendar as relações desta antiga metrópole com outras da Mesoamérica – região cultural que se estendeu desde de o centro do México até a Costa Rica.

Além do túnel na Praça da Lua, os arqueólogos acreditam que haja uma outra entrada para a câmara localizada no lado leste. Esta descoberta confirmaria que a civilização de Teotihuacan reproduziu os mesmos padrões de túneis nos seus grandes monumentos.

Estudos e investigações anteriores já davam conta da existência desta câmara contudo, a sua confirmação só foi possível depois desta pesquisa que foi levada a cabo pelo INAH em colaboração com o Instituto de Geofísica da Universidade Nacional Autónoma do México.

A civilização de Teotihuacan surgiu mil anos antes dos astecas e viveu entre 100 a.C. e 650 d.C. Esta cidade é considerada a sede da civilização clássica no Vale do México. Na primeira metade do milénio d.C., chegou a ter 160 mil habitantes, tornando-a maior metrópole da América pré-hispânica.

Os costumes e tradições da cidade, que contavam, por exemplo, já com sistemas de canalização de água, influenciaram outros povos da região, como os maias, que habitavam montanhas situadas a mil quilómetros de Teotihuacan.

ZAP // Deutsche Welle

Por ZAP
27 Outubro, 2018

Descoberta máscara que pode representar o amado rei maia Pakal, o Grande

CIÊNCIA

(dr) INAH
Arqueólogos pensam ter encontrado máscara que representa Pakal, o Grande

Arqueólogos no México desenterraram um máscara de gesso em tamanho real no Palácio de Palenque, em Chiapas, que pode representar um dos mais importantes e amados reis da Mesoamérica: K’inich Janaab’ Pakal.

De acordo com o Science Alert, também conhecido como “Pakal, o Grande”, o seu reinado foi o mais longo da história das Américas, tendo chegado ao trono com apenas 12 anos em 615 A.C. e governou até morrer 68 anos depois, aos 80 anos de idade.

A máscara foi descoberta num edifício chamado Casa E, onde se pensa que Pakal tenha sido empossado como rei, anunciou no início deste mês o Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH).

“Não é a representação de um deus. Depois de analisarmos várias imagens, é possível que seja Pakal, o Grande. Temos bastantes certezas disso neste momento”, afirma o arqueólogo Arnoldo González, citado pelo mesmo site.

A máscara estava juntamente com o que o instituto apelidou de uma “vasta oferenda”, já que no local se encontravam também fragmentos de alabastro, figuras e fragmentos de cerâmica, pérolas, jadeíta, sílex, madrepérola, obsidiana, cinábrio, pirita polida e ossos de animais.

A oferenda, associada ao fim da construção de um edifício ou secção do mesmo, teria sido de grande valor – os materiais encontrados eram estranhos a Palenque. Além disso, os vasos de cerâmica datam esta oferenda à fase cerâmica de Murciélagos, há cerca de 700 A.C., o que significa que talvez tenha sido dada no final do reinado de Pakal.

Os investigadores acreditam que a máscara tenha feito parte de alguma decoração arquitectónica, embora não se saiba ao certo onde e como. Curiosamente, parece representar um rosto fortemente alinhado o que, sabendo que Pakal reinou toda a vida, sugere que seja a primeira máscara encontrada que mostra o rei na sua velhice.

O rei Pakal quando era adolescente (à esquerda) e quando era um jovem adulto (à direita)

“É uma descoberta importante porque, ao contrário de outros sítios maias onde as representações são genéricas, em Palenque muitas das características que vemos em murais ou relevos são fiéis representações de personagens específicas”, explica o arqueólogo Benito Venegas Durán.

Os elementos representados na oferenda, segundo os investigadores, indicam um contexto aquático ou ligado à fertilidade. Alguns dos ossos descobertos eram de peixes ou de tartarugas e uma das figuras assemelha-se a um camarão, enquanto que um navio desenhado a esgrafito foi decorado com lírios e peixes.

A descoberta foi feita quando os arqueólogos seguiam o rasto de canais de água, com o objectivo de descobrir como a civilização maia drenava a água do edifício.

Em vez disso, a equipa canalizou a água até à Casa E, onde também encontraram restos de uma lagoa, com bancos ao lado, o que, relacionando com os temas da oferenda, “dá-nos a visão de uma possível relação com desportos aquáticos“, nota González.

“Palenque continua a deslumbrar-nos com tudo o que tem para oferecer no contexto arqueológico, antropológico e histórico”, considera Diego Prieto Hernández, director-geral do INAH.

ZAP //

Por ZAP
3 Setembro, 2018

[aviso] (Foram corrigidos 3 erros ortográficos ao texto original) [/aviso]

[post-views]

[vasaioqrcode]

See also Blogs Eclypse and Lab Fotográfico

A Cidade do México afunda todos os anos 8 a 12 centímetros

pontla / Flickr
O fenómeno de depressão ocorre devido à extracção de água dos aquíferos

A planície da Cidade do México afunda, todos os anos, entre 8 a 12 centímetros devido à excessiva extracção de água dos aquíferos. Esta depressão tem efeitos catastróficos para as infraestruturas urbanas, alerta um investigador da Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM).

Efraín Ovando Shelley, especialista do Instituto de Engenharia da UNAM, destacou que “o México está exposto a muitos riscos que não são de curta duração. Acrescentando, que um destes ricos é “depressão regional, que ocorre lentamente, mas de forma constante desde, pelo menos, meados do século XIX”.

Shelley afirmou que o processo causa “situações críticas em muitas partes da cidade, uma vez que contribui para o aparecimento de fendas no terreno e afecta infraestruturas urbanas nas casas, ruas e no património arquitectónico, artístico e cultural”.

O especialista explicou que os sismos, como fenómenos naturais que são, duram segundos ou, no máximo, um minuto e costumam ter consequências catastróficas. Já as depressões, sustenta, “são acontecimentos que se dão em câmara lenta, a sua velocidade é variável, dependendo da região. E pode mesmo ser mínima, mas constante”.

Neste sentido, afirmou que o Centro Histórico da Cidade do México “é uma das áreas mais afectadas, porque naquela área estiveram expostos vários edifícios há muito tempo, embora toda a bacia esteja danificada”.

Shelley relembrou também que boa parte da capital mexicana está construída sobre uma antiga área lacustre – composta por argilas fracas e deformáveis -, razão pela qual “ao subtrair água do subsolo, o solo deforma-se e afunda-se”.

Para o especialista, é impossível travar o fenómeno de depressão a curto prazo contudo, realça, que uma das soluções passa por deixar de explorar os aquíferos. Outra opção passaria por construir uma rede de drenagem.

ZAP // EFE

Por ZAP
2 Setembro, 2018

[aviso] (Foram corrigidos 5 erros ortográficos ao texto original) [/aviso]

[post-views]

[vasaioqrcode]

See also Blogs Eclypse and Lab Fotográfico

Livro maia é o mais antigo documento pré-colombiano, confirma instituto mexicano

“Glorier Codex” está confirmado como o mais antigo documento pré-colombiano.

Imagens do Códice Maia
© Direitos Reservados

O Instituto Nacional de História e Antropologia do México confirmou na quinta-feira a autenticidade do livro maia Glorier Codex, descoberto há 54 anos e considerado o mais antigo documento pré-colombiano.

“O Códice Maia do México é autêntico e apresenta-se como o manuscrito pré-hispânico legível mais antigo do continente americano”, disse o antropólogo Diego Prieto Hernández, director-geral do Instituto Nacional de Antropologia e História, no início do Simpósio El Códice Maya, antes Grolier.

De acordo com analistas, o texto pictográfico foi escrito entre os anos 1021 e 1154 (D.C.) e é mesmo o mais antigo documento da era pré-colombiana, ou seja, antes das chegada dos europeus ao continente americano. A vida útil terá sido de 104 anos, detalha o instituto numa nota publicada no seu site.

Com este reconhecimento, o Glorier Codex — do qual restam apenas 10 páginas – passa a ter uma nova denominação: Códice Maia do México.

Vendido a um coleccionador mexicano em 1964, o código foi exibido pela primeira vez no Grolier Club, em Nova Iorque, em 1971. Mais tarde, em 1974, Josue Saenz acabou por devolver o livro às autoridades.

Durante anos, vários arqueólogos duvidaram da sua autenticidade, ou pelo ‘design’ simples, ou por ter sido saqueado de uma caverna no sul de Chiapas, estado mexicano onde um terço da população é descendente dos maias.

Na verdade, “o estilo difere de outros códigos maias que são conhecidos e comprovados como autênticos”, lê-se num comunicado do mesmo instituto, que justifica a simplicidade com a escassez dos recursos da época.

“Como o livro foi escrito tão cedo, foi criado numa era de relativa pobreza em comparação com os outros trabalhos”.

Cerca de três outros “livros” maias sobreviveram a uma tentativa dos conquistadores espanhóis de destruir os artefactos maias nos anos 1500.

O Glorier Codex contém uma série de observações e previsões relacionadas com o movimento astral de Vénus.

Embora estudos anteriores tenham apoiado a autenticidade do texto, este reconhecimento dita o fim das dúvidas e da controvérsia.

“Durante muito tempo, críticos disseram que o estilo não era maia e que era ‘o mais feio’ deles em termos de figuras e cores”, disse a pesquisadora do instituto Sofia Martinez del Campo.

“Mas a austeridade do trabalho é explicada por sua época. Quando as coisas são escassas, usa-se o que se tem em mãos”, concluiu.

Os textos maias são escritos numa série de glifos silábicos, nos quais uma figura pintada com determinado estilo representa uma sílaba.

O Códice será exibido durante um mês, de 27 de Setembro até final de Outubro, na Feira Internacional do Livro de Antropologia e História.

Diário de Notícias
DN/Lusa
31 Agosto 2018 — 08:46

[aviso] (Foram corrigidos 4 erros ortográficos ao texto original) [/aviso]

[post-views]

[vasaioqrcode]

See also Blogs Eclypse and Lab Fotográfico

Terramoto no México revelou templo Asteca secreto com quase mil anos

Tony Rivera / EPA

Os terramotos são conhecidos pelo seu poder destrutivo, mas um recente terramoto no México teve um resultado surpreendentemente positivo. Arqueólogos encontraram um templo oculto no interior de uma pirâmide, que esteve escondido durante centenas de anos.

A 19 de Setembro de 2017, um terramoto de magnitude 7,1 sacudiu o centro do México, pouco depois de um outro terramoto, de magnitude 8,1, que tinha ocorrido 12 dias antes, de acordo com o Serviço Geológico dos EUA.

O segundo terramoto matou mais de 360 pessoas e danificou várias estruturas – incluindo uma pirâmide no sítio arqueológico de Teopanzolco, a cerca de 70 quilómetros ao sul da Cidade do México.

Quando os arqueólogos usaram um radar para avaliar a extensão dos danos na pirâmide – que data do século XIII -, descobriram um templo ainda mais antigo escondido dentro da própria pirâmide. Segundo aponta a BBC, acredita-se que a ruína escondida tenha mais de 800 anos.

Investigadores do Instituto Nacional de Antropologia e História do México disseram em declarações à BBC que o templo foi provavelmente construído em 1150 pelos Tlahuica, povo da cultura Asteca. A estrutura media cerca de 6 metros de comprimento e 4 de largura, sendo que estavam preservados no seu interior fragmentos de cerâmica e um queimador de incenso.

Durante o terramoto, os tremores causaram um colapso parcial na estrutura central da pirâmide, afectando dois templos conhecidos: um que foi dedicado ao deus da chuva asteca Tlaloc, e outro honrando Huitzilopochtli, o deus da guerra, apontou a cadeia australiana ABC.

Segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História do México, o templo recém-descoberto é muito semelhante aos outros templos da pirâmide, possuindo paredes de estuque, uma fachada construída com pedras alongadas e com os restos de um pilar que, provavelmente, suportava o telhado do templo.

O templo secreto é, até aos dias de hoje, a estrutura mais antiga da pirâmide, ou seja, é datado de ainda antes do século XII, de acordo com a declaração do INAH.

Por ZAP
17 Julho, 2018

[post-views]

[SlideDeck2 id=1476]

[powr-hit-counter id=423f5040_1531842468084]

See also Blog

Torre de crânios humanos revela segredos macabros dos sacrifícios Astecas

Arqueólogos mexicanos continuam a desenterrar crânios humanos na zona onde se situou o centro da civilização Asteca, em Tenochtitlan, a actual Cidade do México. E as análises efectuadas a esses crânios estão a revelar a brutalidade destes sacrifícios.

Os primeiros vestígios destes sacrifícios humanos foram descobertos em 2015, mas no ano passado, os arqueólogos do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) conseguiram, finalmente, ter um vislumbre da chamada torre de crânios que aterrorizou os conquistadores espanhóis quando estes chegaram ao local, em 1519.

A descoberta tem ajudado a desvendar os segredos macabros dos sacrifícios humanos feitos pelos Astecas no chamado Templo Maior de Tenochtitlan.

Até agora, os arqueólogos recolheram cerca de 180 crânios completos e milhares de fragmentos, reporta a revista Science.

A análise a estes vestígios arqueológicos revelou marcas de cortes que indiciam que lhes retiraram a pele, depois da morte, e também marcas de decapitação “uniformes”.

A publicação atesta que os sacerdotes Astecas removiam os corações ainda a bater das vítimas sacrificadas. Os seus corpos eram depois decapitados e de seguida, removiam a pele e os músculos das cabeças dos cadáveres.

Posto isto, abriam grandes buracos nas laterais dos crânios para os colocarem num poste de madeira. Só depois eram empilhados na chamada tzompantli, nome que os conquistados espanhóis deram à torre de crânios que ficaria localizada perto do altar de homenagem a Huitzilopochtli, o deus Asteca do sol, da guerra e dos sacrifícios humanos.

As amostras isotópicas e de ADN retiradas dos crânios permitiram apurar que as vítimas apresentavam “boas condições de saúde”, antes de terem sido sacrificadas, conforme refere a Science.

Também foi possível aferir que três quartos dos crânios analisados pertencem a homens, com idades entre os 20 e os 35 anos, e 20% pertencem a mulheres, enquanto 5% são de crianças.

As vítimas nasceram em diferentes locais da Mesoamérica, mas as amostras recolhidas indiciam que terão passado um longo período em Tenochtitlan antes de serem sacrificadas, como reporta a dita publicação.

Estas novas informações são a prova dos assustadores relatos feitos pelos conquistadores espanhóis da época, que ficaram aterrorizados com a imagem da torre de crânios.

Dois anos depois de terem chegado a Tenochtitlan, os espanhóis destruíram a cidade e construíram sobre as suas ruas, enterrando os vestígios dos sacrifícios humanos dos Astecas.

ZAP //

Por ZAP
3 Julho, 2018

[post-views]

[vasaioqrcode]

[SlideDeck2 id=1476]

[powr-hit-counter id=51505a0d_1530644030215]

Design a site like this with WordPress.com
Iniciar