Há um imenso mundo de vida oculto nas profundezas da Terra (e tem bactérias “zombies”)

CIÊNCIA

Extreme Life Isyensya, Belgium
Este nemátodo vive a 1,4 quilómetros abaixo da superfície

Uma equipa internacional de cientistas identificou uma imensa “vida profunda” sob o fundo do mar, que inclui micróbios que podem permanecer nas profundezas durante milhares ou até mesmo milhões de anos, revelou uma nova investigação. 

Durante anos, biólogos e geólogos acreditaram que a vida na Terra estava confinada à superfície dos continentes, bem como aos mares, oceanos e leitos marítimos. Contudo, nos últimos anos tornou-se claro que os limites da biosfera são muito mais amplos.

“Há dez anos, pensávamos que a vida existia apenas em pequenos ‘cantos’ seleccionados da Terra. Agora sabemos que [a vida] é encontrada em praticamente todos os lugares. Podemos dizer que acabamos de começar a estudar esta ‘matéria escura’ da biosfera, a sua parte mais profunda”, disse Karen Lloyd, da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, durante um encontro da União Geofísica Americana que decorreu em Washington.

Para esta descoberta, a equipa de cientistas, que trabalhou no âmbito do projecto de pesquisa internacional Deep Carbon Observatory (DCO), perfurou o fundo do mar a profundidades de 2,5 quilómetros, encontrando abundantes formas de vida até agora desconhecidas. Estas novas formas de vida persistem sob as mais severas condições, como temperaturas e pressões extremas.

Outro aspecto curioso nestes micro-organismos, frisaram os especialistas, é que estes permanecem “pouco vivos”, ou seja, estas formas de vida existem num estado de movimento muito lento, semelhante a um zombie.

Os especialistas concluíram que há mais biosfera profunda do que se pensava até então. A investigação descobriu que cerca de 70% das bactérias e arqueas do nosso planeta vivem no subsolo, sendo este ecossistema subterrâneo equivalente a 15.000 a 23.000 milhões de toneladas de carbono.

“A biosfera profunda da Terra é enorme”, considerou Rick Colwell, especialista da universidade norte-americana de Oregon, descrevendo as recentes descobertas como um “ecossistema muito empolgante e extremo”.

O investigador sublinhou a diversidade genética encontrada nas profundezas do mar, dando conta que a descoberta poderá ser importante para mapear outros lugares – dentro ou fora da Terra – que possam alojar vida.

“Existe uma diversidade genética de vida abaixo da superfície que é, pelo menos, igual e até talvez exceda a da superfície e nós não sabemos muito sobre isso”, afirmou Colwell, acrescentando que estudar a vida subterrânea “ajudará a perceber o que deve ser procurado noutros planetas ou noutros sistemas onde a vida pode existir”, rematou.

Para lá da Biologia

Em declarações ao diário britânico The Guardian, Karen Lloyd, da Universidade do Tennessee, disse, por sua vez, que a descoberta agora divulgada “é como encontrar um novo reservatório de vida na Terra“. “Uma parte imensa da vida está dentro da Terra e não em cima dela”, rematou o especialista.

Apesar da enorme descoberta, ficam ainda muitas perguntas por responder. Como é que a vida se coloniza a partir das profundezas? Como é que os micróbios interagem com os processos químicos? E, finalmente: o que é que tudo isto nos conta sobre o processo de co-evolução da vida e da própria Terra?

Segundo os cientistas, as descobertas vão para além da Biologia, entrando em campos da Filosofia e da Astrobiologia – área que estuda a vida extraterrestre -, nota ainda o diário.

“Devemos perguntar-nos: Se a vida na Terra pode ser assim tão diferente daquilo que a experiência nos levou a esperar, então que tipo de estranheza podemos esperar enquanto investigamos formas de vida noutros mundos?”, indagou Robert Hazen, mineralogista da Instituição de Carnegie, nos Estados Unidos para a Ciência.

SA, ZAP // SputnikNews; RT

Por SA
12 Dezembro, 2018

 

As mais antigas pegadas de réptil já encontradas estão no Grand Canyon

CIÊNCIA

Stephen Rowland

Milhares de pessoas passam todos os dias no Parque Nacional do Grand Canyon, nos EUA. Até agora, passaram despercebidas 28 pegadas deixadas por uma criatura pequena, semelhante a um réptil, com 310 milhões de anos.

“É o trilho de pegadas mais antigo já descoberto, num intervalo de rochas que ninguém achava que teria caminhos, e estão entre as primeiras pegadas de répteis do planeta“, disse Steve Rowland, professor de geologia da Universidade do Nevada que estuda caminhos fósseis na região.

Rowland, que apresentou as descobertas no recente encontro anual da Sociedade de Paleontologia de Vertebrados, referiu que as pegadas foram criadas na altura em que o super-continente Pageia ainda se estava a formar.

O investigador foi alertado pela primeira vez para o fóssil na primavera de 2016 por um colega que estava a percorrer o trilho com um grupo de estudantes.

“A minha primeira impressão foi que parecia muito estranho por causa do movimento lateral”, disse Rowland. “Parecia que dois animais estavam a andar lado a lado. Não fazia nenhum sentido”.

Quando chegou em casa, fez desenhos detalhados e começou a formular hipóteses sobre a “peculiar linha” deixada pela criatura. “O animal poderia estar a andar contra um vento muito forte que soprava de lado”, disse ele.

Stephen Rowland
Ilustração do movimento do réptil feito por Stephen Rowland

Outra possibilidade era o declive ser muito íngreme e o animal ter-se esquivado enquanto subia a duna de areia. Mais uma alternativa: o animal poderia estar a lutar com outra criatura ou envolvido num ritual de acasalamento.

Rowland planeia publicar as descobertas com o geólogo Mario Caputo, da Universidade de San Diego, em Janeiro. O investigador também espera que a pedra seja colocada no museu de geologia do Parque Nacional do Grand Canyon para fins científicos e interpretativos.

Enquanto isso, Rowland considera a possibilidade de as pegadas pertencerem a uma espécie de réptil que ainda não foi descoberta.

Os primeiros dinossauros, de acordo com paleontólogos, surgiram no fim do período Triássico, ou seja, há 240 milhões de anos. O concorrente principal dos dinossauros eram os crocodilos. Dinossauros e crocodilos são parentes próximos, cujos antepassados se dividiram em meados do período Triássico.

A criatura, cujas pegadas foram encontradas, terá sido um dos primeiros representantes da sua espécie, deixando pegadas que resistiram 310 milhões de anos, ou seja, 2 milhões de anos após o possível aparecimento dos répteis.

ZAP // Sputnik

Por ZAP
12 Novembro, 2018

Cientistas confirmam pela primeira vez que o núcleo da Terra é sólido

CIÊNCIA

Mitch Battros / Earth Changes Media

Pela primeira vez, um grupo de geólogos conseguiu confirmar que o núcleo interno da Terra é efectivamente sólido, revelando que este é também mais macio do que se pensava. A descoberta pode ser especialmente importante para compreender a formação do nosso planeta.

A investigação, levada a cabo por uma equipa de cientistas da Universidade Nacional Australiana (ANU), foi publicada nesta sexta-feira na revista Science Magazine.

Os cientistas recorreram a um novo método que serve para detectar “sussurros” suaves das ondas sísmicas, as chamadas ondas de corte ou ondas “J”. De acordo com os geólogos, estas ondas – que apenas se propagam através de objectos sólidos – foram detectadas no núcleo interno da Terra provando, desta forma, que o seu interior é sólido.

“Descobrimos que o núcleo interno é realmente sólido, mas também acreditamos que é mais macio do que se pensava até então”, disse o professor Hrvoje Tkalcic em comunicado a que a agência Europa Press teve acesso.

Segundo os cientistas, e a confirmarem-se os seus cálculos, o núcleo interno tem algumas propriedades semelhantes às do ouro e da platina. A equipa sublinhou ainda a importância da descoberta: “O núcleo interno é como uma cápsula do tempo. Se o entendermos, entendemos como é que o planeta foi formado e evoluiu”, explicaram.

As chamadas ondas de corte do núcleo são tão pequenas e fracas que não é possível observá-las directamente. Por isso, detectá-las seria considerado o “Santo Graal” da sismologia global desde de que os cientistas previram, há 80 anos e pela primeira vez, que o núcleo interno da Terra é sólido.

Método semelhante já foi usado na Antárctida

Para fazer esta confirmação, os cientistas foram obrigados a desenvolver um método científico mais criativo. Por isso, recorreram ao chamado método de correlação do campo de onda, que analisa as semelhanças entre sinais de dois receptores depois de um grande terramoto, em vez de analisar a chegada da onda de forma directa.

Segundo a publicação, uma técnica semelhante tem sido utilizada pelos mesmos cientistas para medir a profundidade da camada da gelo da Antárctida.

“Estamos a descartas as primeiras três horas do sismograma. O que estamos a analisar são os sinais recolhidos entre três a 10 horas após um grande terremoto, queremos livrar-nos dos ‘grandes’ sinais”, sustentou Tkalcic.

E continuou: “Através de uma rede de estações, recolhemos cada par de receptores e os dados de cada grande terremoto e medimos a similaridade entre os sismogramas. A isto chama-se correlação cruzada, ou medida de similaridade. A partir dessas semelhanças, construímos um correlação global, uma espécie de impressão digital da Terra”.

O estudo mostra que estes mesmos resultados cruzados podem ser utilizados para demonstrar a existência da ondas J no núcleo interno da Terra, permitindo ainda inferir a sua velocidade.

No entanto, e como explica a equipa, fica ainda muita coisa por desvendar: “Ainda não sabemos a temperatura exacta do núcleo interno, qual é a sua idade, ou quão rápido o núcleo se solidifica. No entanto, com estes avanços na área da sismologia global, estamos lentamente a chegar lá”, rematou o investigador.

É de salientar ainda a importância do núcleo interno, que actua directamente no campo magnético da Terra e, por isso, sem este não haveria vida na superfície do planeta.

Por ZAP
22 Outubro, 2018

O Mar Mediterrâneo pode desaparecer

Eric Gaba / Wikimedia
A deriva continental pode causar o desaparecimento do Mar Mediterrâneo

O Mar Mediterrâneo, que tem uma área de 2,5 milhões de quilómetros quadrados e está localizado entre a África e a Europa, pode vir a desaparecer da superfície da Terra dentro de 50 milhões de anos.

De acordo com um artigo publicado nesta segunda-feira no The Economist, a deriva continental – teoria que descreve o movimento gradual dos continentes da Terra -, será a principal responsável pelo eventual desaparecimento do Mar Mediterrâneo. Caso o mar desapareça, o mundo tal como o conhecemos será no futuro muito diferente.

O fenómeno geológico da deriva continental dá-se porque as placas tectónicas que estão sob a superfície da Terra estão em constante movimento, à deriva sobre uma camada de rocha. Este movimento é impulsionado pelas correntes de calor provenientes do manto terrestre.

Neste momento, a África e a Europa movem-se lentamente em direcção um do outro ao longo do Mediterrâneo, num movimento que levará a uma colisão intercontinental que, por consequência, irá dar origem a um mega-continente – a Eurafrica.

A maioria dos geólogos acredita que, quando se der a colisão entre os dois continentes, o Mediterrâneo irá fechar-se, tornando-se montanhoso à medida que os grandes fragmentos dos continentes forem colidindo. No entanto, não há motivo para alarmismos: o fenómeno geológico só acontecerá num futuro longínquo.

É inevitável associar esta teoria à Pangeia, o super-continente rodeado por um só oceano que foi descrito pela primeira vez no século XX pelo alemão Alfred Wegener. A Pangeia ter-se-á fragmentado depois em dois mega-continentes – Gondwana e Laurásia – que deram depois origem aos continentes como hoje os conhecemos.

Os cientistas teorizam que os super-continentes se formaram durante grandes ciclos ao longo da história da Terra. A Pangea terá sido o mais recente a ter-se fragmentando há 200 milhões de anos ainda durante a era Paleozoica.

Alguns cientistas acreditam que estamos a atravessar um outro ciclo e, uma nova Pangeia, que incluirá montanhas no área agora ocupada pelo Mediterrâneo, poderá estar no horizonte.

Llywelyn2000 / Wikimedia
Da Pangea ao presente, passando por Gondwana

ZAP // MentalFloss

Por ZAP
31 Agosto, 2018

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Há um super-vulcão a formar-se por baixo dos EUA (com consequências imprevisíveis)

BeeFortyTwo / Flickr

Geólogos norte-americanos foram surpreendidos com a descoberta de uma grande bolha de magma nas entranhas dos EUA. É um novo super-vulcão em formação sob o solo dos Estados de Massachusetts, Vermont e New Hampshire, com consequências imprevisíveis.

Investigadores das Universidades de Yale e Rutgers conseguiram detectar uma enorme massa de rocha derretida que está a subir das entranhas do nordeste dos EUA. É um possível super-vulcão em formação, mas não se prevê que ocorra uma erupção vulcânica nos próximos milhões de anos.

É como um balão de ar quente e inferimos que alguma coisa está a subir através da parte mais profunda do nosso planeta sob a Nova Inglaterra”, explica o geofísico Vadim Levin, num comunicado da Universidade Rutgers sobre a pesquisa.

O professor do Departamento da Terra e das Ciências Planetárias da Universidade Rutgers esteve envolvido neste estudo de larga escala de dados sísmicos que foi publicado na revista científica Geology.

Com base em dados do EarthScope, o programa da Fundação Nacional de Ciência dos EUA que inclui milhares de instrumentos geofísicos espalhados pelo país, os investigadores usaram “uma matriz avançada de sensores sísmicos” para ver o que está na rocha escondida por debaixo dos nossos pés.

Foi assim que descobriram “um padrão irregular com mudanças bastante abruptas” numa região considerada geologicamente estável, sem vulcões activos.

“O nosso estudo desafia a noção estabelecida de como os continentes em que vivemos se comportam. Desafia os conceitos dos livros didácticos que são ensinados nas aulas introdutórias de geologia”, destaca Levin no comunicado da Universidade.

“As pessoas pensam nas montanhas e lagos e na geologia como para sempre – há um senso comum de que a Terra é uma coisa permanente. Bem, não é”, acrescenta o professor já em declarações à revista The National Geographic.

Os investigadores acreditam que estamos perante um evento relativamente recente em termos geológicos, que terá começado há dezenas de milhões de anos. E “provavelmente, levará milhões de anos” para que se forme um vulcão na zona, destaca Levin.

“Talvez ainda não tenha tido tempo, ou talvez seja demasiado pequeno e nunca aconteça”, mas “daqui a 50 milhões de anos, veremos”, conclui o geofísico.

SV, ZAP //

Por SV
28 Junho, 2018

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Geólogos descobrem a fonte de magma subterrânea do super-vulcão Yellowstone

Jon Sullivan / Wikimedia

Análise sísmica do núcleo de vulcão de Yellowstone mostra que debaixo deste vulcão se localiza uma poderosa pluma mantélica – um fluxo vertical de magma que sobe rapidamente das profundezas da Terra.

“A história da formação do super-vulcão, localizado dentro da placa tectónica, tem provocado já há muito tempo debates calorosos entre os cientistas. Alguns especialistas acreditam que surgiu por causa da pluma, enquanto que os oponentes acreditam que nasceu em resultado de processos ainda desconhecidos que ocorreram nas camadas altas do manto terrestre”, escrevem os autores da pesquisa publicada na segunda-feira na revista Nature Geoscience.

O super-vulcão do parque nacional de Yellowstone é agora uma caldeira gigantesca tão grande que é observável a partir da órbita terrestre baixa. A sua cratera tem 72 quilómetros de comprimento e 55 de largura e os canais subjacentes contêm várias dezenas de milhares de quilómetros cúbicos de material magmático.

Há certos receios ligados ao fato de o vulcão Yellowstone, actualmente adormecido, poder entrar em erupção depois de 630 mil anos de “sono” e que a erupção poderia atingir centenas de quilómetros nos EUA.

No entanto, até ao momento os especialistas não conseguiram encontrar a fonte de lava ou magma desse super-vulcão. O que, por sua vez, fez os geólogos procurar as possíveis razões para o aparecimento de um vulcão gigantesco nessa parte dos EUA.

Mas os geólogos da Universidade do Texas, nos EUA, Peter L. Nelson e Stephen P. Grand, abriram recentemente um novo capítulo na discussão. Descobriram que por baixo do Yellowstone encontra-se uma “fonte” de magma líquido e extremamente quente que sobe rapidamente para a superfície da Terra desde o núcleo.

Esses fluxos de magma são chamados pelos cientistas de “plumas“. Graças à sua velocidade e temperaturas altas, os fluxos às vezes são capazes de “romper” as camadas rochosas grossas e frias da placa tectónica e sair para a superfície do nosso planeta, causando erupções vulcânicas extremamente fortes.

No decurso da pesquisa, os geólogos criaram um mapa tridimensional da área subterrânea debaixo do super-vulcão usando sismógrafos USArray e entenderam como se movem os fluxos de magma e como sobe para a superfície.

Segundo mostram os resultados, debaixo do Yellowstone está localizado um “tubo” de magma estreito e direito que desce por 2,7 – 3 quilómetros até à profundeza terrestre. Além disso, as estimativas científicas mostram que surgiu em resultado de uma pluma.

Vale a pena ressaltar que, por um lado, a nova descoberta não permite predizer quando ocorrerá a próxima erupção do vulcão e não a torna mais provável, segundo indicam os próprios geólogos. Mas, por outro lado, a observação posterior do comportamento da pluma permitirá saber com antecedência que o super-vulcão começou a despertar.

ZAP // Sputnik News

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Geólogos descobrem origem do super vulcão de Yellowstone

Jon Sullivan / Wikimedia
A lagoa de Morning Glory, no Parque Nacional de Yellowstone

Até agora a teoria geralmente aceite era a de que o super vulcão de Yellowstone, nos EUA, é produto das chamadas plumas mantélicas: o magma quente que flui do manto da Terra para a crosta terrestre.

Para esclarecer de onde vinha a lava que “alimenta” o super vulcão, vários especialistas realizaram um estudo para explicar por que razão “o Yellowstone e outros vulcões do oeste dos EUA estão longe da costa, onde se situa a fronteira entre as placas tectónicas“, assegurou Lijun Liu, um dos autores.

O cientista e os seus colegas analisaram a estrutura do subsolo do Yellowstone e dos arredores com um tomógrafo sísmico e obtiveram dezenas de padrões informáticos baseados na hipótese das plumas mantélicas no período desde há 20 milhões de anos, quando, segundo as estimativas dos cientistas, aquele lugar se formou.

A comparação destes padrões com os dados sísmicos reais revelou que a teoria das plumas mantélicas deve ser descartada porque, durante o nascimento do super vulcão, o calor fluiu não do interior do planeta para a superfície, mas ao contrário.

Liu e a sua equipa acreditam que a fonte de calor que deu início ao Yellowstone e a outros centros de actividade vulcânica no oeste dos EUA está nas camadas superiores do manto terrestre localizadas a nordeste do país, um dos fragmentos da placa tectónica Farallon.

Essa placa cobria uma parte do fundo do oceano Pacífico, mas desintegrou.se em várias partes na época dos dinossauros. Hoje em dia, os seus fragmentos continuam em movimento nas entranhas da Terra.

ZAP // Sputnik News

Por SN
27 Dezembro, 2017

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Geólogos encontram minerais extraterrestres em ilha escocesa

Uma secção do lugar da colisão do meteorito, na ilha Skye.

Ao analisar uma camada grossa de um antigo fluxo de lava, geólogos britânicos descobriram que nenhum dos minerais estudados pertenciam ao planeta Terra.

Segundo uma investigação publicada na revista Geology, uma equipa de geólogos britânicos descobriu formas minerais nunca antes vistas na Terra, no local onde um meteorito atingiu a ilha Skye, na Escócia, há 60 milhões de anos atrás.

Quando analisavam uma camada grossa de um antigo fluxo de lava na ilha, os geólogos Simon Drake e Andy Beard, investigadores da Universidade de Londres, ficaram surpreendidos ao encontrar uma rocha com uma aparência estranha, que nunca tinham observado antes.

De acordo com a Newsweek, após uma análise posterior com micros-sondas electrónicas, a equipa detectou minerais que levaram os cientistas a acreditar que se tratava de uma rocha de origem extraterrestre.

“A evidência mais convincente é a presença de osbornite, rica em nióbio e vanádio. Antes desta descoberta, nenhum destes minerais tinha sido encontrado na Terra”, disse Drake à revista norte-americana.

Em 2004, a nave espacial Stardust, da NASA, encontrou osbornite rica em vanádio na poeira espacial deixada na trilha do cometa  Wild 2 4,5 mil milhões de anos atrás.

Além destas formas minerais, a equipa explica que a osbornite não se fundiu, o que significa que provavelmente é parte original do meteorito.

A ilha Skye é de particular interesse para os geólogos, porque teve origem durante um período de extrema actividade vulcânica. A ilha foi formada quando o magma emergiu das profundezas da Terra e quebrou a crosta, e os cientistas acreditam que o mesmo evento tenha sido responsável, também, pela actual Islândia.

Mas, de acordo com Simon Drake, é de particular interesse descobrir o que, em primeiro lugar, terá causado este evento. “Embora não possamos dizer que a evolução vulcânica de Skye se tenha iniciado devido a um meteorito, acreditamos que foi definitivamente um motor para esse impacto“, concluiu Drake.

Além de ter contribuído para a actual riqueza mineral do planeta, a queda de meteoritos poderá ter sido, defendem os cientistas, o “gatilho” que desencadeou a vida na Terra.

ZAP //

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